O deputado federal João Roma (Republicanos) pediu nesta quarta-feira (2) ao ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, que dialogue com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) para manter o percurso original da tradicional Regata Aratu-Maragojipe, realizada há 50 anos e considerada um dos maiores eventos náuticos da América Latina.
O ICMBio, que é vinculado ao Ministério do Meio Ambiente, proibiu a passagem da regata pelo trecho sob jurisdição do órgão. Com isso, o trajeto deverá ser finalizado nas proximidades da localidade de São Roque do Paraguaçu e não em Maragojipe, como ocorre tradicionalmente.
Roma argumentou com Salles que a regata é um evento tradicional e que enriquece a cultura baiana, além de gerar empregos e movimentar a economia, principalmente no Recôncavo baiano, beneficiando e fortalecendo o turismo náutico do estado. O deputado também ressaltou que a organização do evento vem seguindo todos os protocolos de segurança devido à pandemia da covid-19.
“A decisão de proibir a chegada a Maragojipe acabou pegando a comunidade náutica de surpresa, uma vez que esse mesmo trajeto é realizado há 50 anos nesta tradicional regata. A organização do evento vem tomando os cuidados devido à pandemia. Inclusive é um tipo de evento que não costuma causar aglomerações. Acredito que, com sensibilidade, esta decisão será revista”, diz Roma.
O assunto chegou a Roma por meio do velejador e medalhista olímpico Lars Grael e do prefeito de Feira de Santana, Colbert Martins (MDB), que manifestaram preocupação com decisão de proibir a chegada do evento a Maragojipe.
“Esta será a 51ª edição do evento, que já teve a data adiada e remarcada para o próximo dia 5 de dezembro, com muitos esforços e planejamento. A regata movimenta vários setores, e valoriza nossa atividade náutica. A chegada a Maragojipe é sempre muito bonita, e isso movimenta o município. Claro que este ano as ações serão diferentes, mas os cuidados estão sendo tomados”, complementou o deputado.