O ministro da Cidadania explicou nesta terça-feira (11), em entrevista à Voz do Brasil, o novo programa “Alimenta Brasil”, que vai substituir o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). A criação da nova iniciativa está prevista na Medida Provisória (MP) 1.061/2021, que institui o Auxílio Brasil, ação que vai substituir o programa Bolsa Família. O texto foi entregue nesta semana pelo presidente Jair Bolsonaro à Câmara dos Deputados.
“O Alimenta Brasil garante aos produtores da agricultura familiar a compra de seus produtos. Além disso, para os beneficiários do programa Auxílio Brasil, teremos também um benefício Alimenta Brasil para estimular esses que tiverem terrenos e tiverem possibilidade de produzir alimentos, que eles também possam acessar a esse programa, que é também uma trilha de emancipação”, afirmou.
Roma destacou que os beneficiários terão do governo federal a garantia da compra de seus produtos e o estímulo. “Mesmo aqueles que ainda não são agricultores, mas que tiverem a possibilidade de uma área para cultivo, serão estimulados a participar desse programa que sem dúvida nenhuma irá fortalecer o quesito da segurança alimentar e nutricional do nosso país”, salientou.
O ministro pontuou que, nessa mesma linha de segurança alimentar, o governo vai buscar, através do fortalecimento desse programa, dar ênfase à primeira infância, no período de 0 a 36 meses. “É o período em que a criança precisa de mais atenção, desenvolve grande parte do seu cognitivo, e nesse período nós vamos estimular, a exemplo do programa do leite, onde distribuímos leite pasteurizado para as famílias em situação de vulnerabilidade”, explicou.
Roma ressaltou também que o Auxílio Brasil vem para aperfeiçoar o programa de renda para os brasileiros em situação de vulnerabilidade. “Nós objetivamos, com Auxílio Brasil, ampliar e fortalecer o programa de renda no Brasil, e inclusive tornar mais efetivas as políticas públicas para que as pessoas encontrem uma trilha de emancipação, para que elas possam caminhar com suas próprias pernas e conquistar uma melhor qualidade de vida”, disse.
Olimpíadas
O ministro da Cidadania ainda fez um balanço do Brasil nos Jogos Olímpicos de Tóquio e destacou que a melhor participação do país em uma edição de Olimpíada – foram 21 medalhas, superando o desempenho do Rio de Janeiro, com 19 conquistas. Roma representou o governo federal no Japão.
“Para mim, foi um momento de muita emoção poder representar o nosso Brasil em Tóquio. Esse resultado que o Brasil alcança certamente é reflexo também de um grande investimento do governo federal no esporte no Brasil. Nesse último ciclo olímpico foram mais de R$ 750 milhões investidos pelo governo federal, tanto que cerca de 80% dos atletas que disputaram medalhas em Tóquio recebiam benefícios do governo, como o Bolsa Atleta”, disse.
Das 21 medalhas, 19 têm participação de atletas com apoio do programa Bolsa Atleta. “O Bolsa Atleta, portanto, representa segurança para o competidor e também um estímulo para que cada vez mais o Brasil consiga novos espaços no esporte internacional”, salientou o ministro.
Para os Jogos Paralímpicos, a expectativa é também de mais conquistas. Dos 232 atletas paralímpicos brasileiros que irão representar o Brasil no Japão, 222 são beneficiários do Bolsa Atleta, ou seja mais de 95%. “Sem dúvida nenhuma o Brasil é um dos destaques no mundo entre os competidores da paraolimpíada”, disse, ao complementar: “Desejo toda sorte aos nossos atletas paralímpicos, que representem bem o nosso Brasil. Estaremos todos aqui na torcida para que a gente consiga mais e mais medalhas”.