Roma defende novo projeto para Feira de Santana

O presidente do PL na Bahia, João Roma, destacou, nesta segunda-feira (15), a necessidade de desenvolver um projeto estruturante para Feira de Santana, a maior cidade do interior do Nordeste brasileiro. “O atual projeto não está atendendo aos anseios da cidade. É preciso um projeto estruturador para Feira de Santana. Estamos falando da maior cidade com uma pujança econômica feita pelo empreendedorismo do povo; então Feira precisa pensar grande”, declarou Roma, em entrevista à Rádio Brado. O dirigente estadual do PL também comentou dos planos para cidades como Vitória da Conquista e Lauro de Freitas, onde o partido deve fomentar novos nomes e projetos.

Em Feira de Santana, Roma disse que as articulações estão sendo feitas também levando em conta a atuação de parlamentares eleitos pelo partido e que tiveram boa votação no município, como os deputados federais Jonga Bacela e capitão Alden. Em Conquista, ele reiterou o interesse do PL em trazer para seus quadros o vereador Ivan Cordeiro, atualmente no PTB. Em Lauro de Freitas, Roma comentou da possibilidade da candidatura do deputado estadual Leandro de Jesus. “Não queremos boicotar projetos, mas fomentar novos líderes. A minha missão enquanto presidente do PL na Bahia é identificar e criar projetos”, disse o ex-ministro da Cidadania.

Durante a entrevista, Roma ironizou as recentes falas do ex-candidato à Presidência da República, Ciro Gomes (PDT), que afirmou que as pessoas não aprenderam nada após com as condenações impostas ao petista no âmbito da Lava Jato. “Se ele reclama que as pessoas não aprenderam que Lula estava na cadeia, o primeiro a não aprender foi ele. Ele sabia disso tudo, ele denunciou, mas no final ele apoiou Lula. Ciro Gomes abriu a boca e disse ‘eu voto em Lula'”, lembrou Roma, em entrevista à Rádio Brado. Roma salientou que Gomes, atualmente alvo de ataques do petismo, “não pode ser esse personagem de denuncista de plantão”.

O dirigente do PL também criticou a passividade do ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (União Brasil), diante das falas do presidente que, em evento em Salvador, o chamou de “grampinho”. “Essas falas de Lula dão uma resposta para quem alisou durante o período eleitoral. Ele [ACM Neto] ficou até o final, de alguma forma, sem se posicionar e ali não tinha jeito, eram dois Brasis. De um lado tinha o atraso, tinha Lula, e a gente está vendo em pouco mais de cem dias de governo quanta coisa retornou negativamente”, comentou o ex-ministro da Cidadania.

Roma fez uma enfática defesa à liberdade de expressão e de opinião, atualmente alvos de ataque com a intenção do governo Lula de aprovar o chamado PL das Fake News, batizado pelo oposição de PL da Censura. “Não dá para abrir concessão em relação à liberdade de expressão. ‘Você pode falar quase tudo’. Não me interessa. Uma coisa é ir em cima de crimes praticados e cada um responda pelos seus crimes. Se a pessoa praticou injúria ou difamação, tudo isso está tipificado no Código Penal”, explicou Roma.

Em seguida, ele pontuou a grave tentativa do atual governo federal de cercear a liberdade: “Outra coisa é criar um mecanismo de governo para dizer em que cada um pode se manifestar. Já está difícil nesse Brasil alguém abrir a boca para dizer uma opinião, aí agora você quer criar um comitê no governo, representado por um ministro como o Flávio Dino, que vai sair com o título de ministro da injustiça?”. Roma lembrou a atuação circense que o ministro da Justiça vem desempenhando em aparições no Congresso Nacional, “falando abobrinhas”. “Mas quando puxam a história do 8 de janeiro, Flávio Dino já sai pela tangente”, comparou Roma.

O ex-ministro da Cidadania citou outro exemplo de que Lula e seus ministros não desejam solucionar os problemas que afligem os brasileiros e melhorar as condições para quem produz, mas sim gerar clima de acirramento e de insegurança jurídica. Segundo João Roma, o governo petista não tem intenção de solucionar a situação agrária. “Nós precisamos ir além da invasão zero. Precisamos é de paz no campo”, apontou Roma. Ele disse que, atualmente, existem mais terras disponíveis para reforma agrária que pessoas inscritas para receber titulação de terra. “Basta resolver questões burocráticas”, enfatizou o ex-ministro, ao recordar que o presidente Jair Bolsonaro (PL) foi quem mais concedeu títulos de terra nos últimos 30 anos.

O presidente estadual do PL lembrou que há uma diferença fundamental para tratar a questão do campo. “Hoje o ativo principal não é a terra, mas tecnologia, fomento, acesso ao mercado, é harmonizar isso. É geração de emprego para melhorar a vida das pessoas. Há mais terras que pessoas cadastradas. Por que não titula essas pessoas?”, indagou o ex-ministro da Cidadania. Na reunião da Executiva do partido realizada nesta segunda, foi mencionado o pedido do deputado Leandro de Jesus para a instalação da CPI do MST na Assembleia Legislativa – há um mandado de segurança que determina a instalação, e a oposição está pressionando neste sentido.

Na próxima quinta-feira (18) Roma participa da posse do novo diretório do partido, em Teixeira de Freitas. Depois vai a Itapetinga e visita a Feira Agropecuária na sexta-feira. Posteriormente segue para Macaúbas.

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