O presidente do PL na Bahia, João Roma, reforçou qual a missão da sigla no estado. “Temos que ser muito fiéis à parcela do eleitorado que votou no partido na Bahia”, disse Roma, nesta terça-feira (4), em entrevista à Rádio Mix, em Salvador, ao ser questionado sobre a possibilidade de aliança em 2024 com o prefeito de Salvador, Bruno Reis (União Brasil), que deve buscar a reeleição.
“Se o caminho de Bruno for sinalizar para pautas prioritárias para o PL, é possível pensar em um diálogo”, destacou o presidente estadual do PL ao citar, por exemplo, pautas de desoneração. “Não temos uma visão enceguerada para ocupar espaços quaisquer que sejam”, ressaltou o dirigente partidário.
João Roma reiterou que o PT já comanda não somente o estado desde 2007 como também o governo federal e busca assumir as principais prefeituras na Bahia. “Há uma ameaça muito clara e estamos atentos para isso”, explicou o ex-ministro da Cidadania.
O dirigente partidário também ressaltou, após ser questionado, que o PL cresça em estrutura interna e organicidade, de maneira que faça valer a envergadura que passou a ter após o resultado das eleições de 2022. Roma ainda comentou sobre o papel do ex-presidente Jair Bolsonaro: “É inegável o papel que Bolsonaro exerce, representando os brasileiros que não votaram nesse governo do PT”.
O ex-ministro da Cidadania lembrou que Bolsonaro foi o personagem central na última eleição e comentou que a possibilidade de o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) formar maioria para torná-lo inelegível não seria fácil de explicar à maioria dos brasileiros.
“A população não vai entender uma posição dessas. Difícil não é formar maioria no TSE, mas explicar isso à população brasileira. Vão tirar os direitos políticos de um presidente por suposições? Isso vai impulsionar a força política do presidente Bolsonaro”, analisou Roma.
Ele lembrou que o julgamento injusto contra Bolsonaro se contrapõe à forma leniente como o presidente Lula foi descondenado e disputou as eleições. Roma ainda destacou que o ministro Alexandre de Moraes, que integra o Supremo Tribunal Federal e preside o TSE, não agiu como árbitro imparcial durante as eleições presidenciais.