O candidato a governador da Bahia, ex-ministro da Cidadania e deputado federal, João Roma (PL), disse que a exibição de apoio de prefeitos pelos candidatos ACM Neto (UB) e Jerônimo Rodrigues (PT) “retrata justamente uma política atrasada que tem puxado a Bahia para baixo. É justamente isso que não está certo. Tanto um quanto o outro são o sujo falando do mal lavado. Um reclamando que o outro faz convênio [para atrair prefeitos] e o outro [ACM Neto] utilizando a Prefeitura de Salvador como cabide de emprego para os interesses particulares, o ex-prefeito que continua prefeito. Então o que é que nós precisamos mudar?”, disse João Roma, em entrevista à Rádio Salvador FM, nesta quarta-feira (14).
Roma assinalou que faz política de outra forma. “Estou andando em vários municípios e hoje estava em Feira de Santana. O prefeito não me apoia, mas eu estava lá conversando com as pessoas, falando de questões cruciais de uma Feira de Santana que eu tenho ajudado muito, inclusive agora finalmente vendo a duplicação da avenida Contorno”, disse Roma, relembrando ainda a ida do presidente Jair Bolsonaro à cidade em 1º de Julho, onde realizou grande motociata e viu as máquinas realizando a duplicação da via.
“Nós precisamos enxergar o benefício da população. Eu tenho poucos prefeitos me apoiando, mas prefeitos muito valorosos, que têm conversas sérias e republicanas comigo. Eu vejo muitos outros prefeitos que até torcem para o nosso êxito, mas estão obviamente seduzidos por grandes somas e eles precisam pensar no avanço dos seus municípios”, explicou Roma, para quem isso se traduz na política de “toma lá dá cá” da política baiana.
O candidato a governador do PL, ao ser questionado, também criticou a indústria de multas instalada da capital baiana. “A questão não é punir o infrator. Se obviamente o condutor comete infração, que ele seja punido. A questão é a forma como o estado e o município utilizam dessas ferramentas perante o cidadão, pois a sensação, e isso é constatado no nosso meio, é que basicamente se montam pegadinhas, um caça-níquel, não para orientar o trânsito ou evitar acidentes, mas para colocar a mão no bolso do condutor”, criticou Roma.
O ex-ministro da Cidadania disse que “não dá para tratar o cidadão como se o estado estivesse fazendo uma pegadinha com ele. E isso é o que a gente tem visto a todo momento aqui no estado da Bahia”. Ele defendeu o uso da tecnologia para orientar o cidadão no trânsito. “A sociedade brasileira não tolera mais é o estado estar tratando o cidadão como um vassalo para ficar fazendo pegadinha em cima dele. Coloque regras claras e com transparência”, recomendou Roma.
Ao ser perguntado sobre o papel de prefeitura e governo estadual para gerar emprego, Roma reiterou que “não é nem o Governo do Estado, nem a Prefeitura que são os geradores de emprego. Pelo contrário, eles atrapalham muito a geração de empregos, a começar pela alta cobrança de impostos na Bahia, pois nenhuma empresa vai se instalar no estado que não for atrativo”. Roma salientou que quer ser lembrado, se vencer as eleições, como o governador que realmente baixou o valor dos tributos na Bahia.