O presidente do PL na Bahia, João Roma, afirmou que o ministro da Casa Civil, Rui Costa, não utiliza seu alegado prestígio com o presidente Lula para atrair investimentos e melhorar a infraestrutura na Bahia e, no lugar disso, imita o chefe ao dizer que o ex-presidente Jair Bolsonaro tratou o estado a pão e água. “Talvez essa convivência de Rui Costa com Lula – tido como pai da mentira na política – tenha contaminado o ex-governador”, declarou Roma, nesta segunda-feira (29) à noite, em entrevista no PodZé, podcast apresentado pelo jornalista José Eduardo.
“Então, só para comprovar, aqui está a prova do que foi transferido só naquele período das fortes chuvas aqui na Bahia em 2021. Mais de R$ 160 milhões só da Defesa Civil; afora os mais de R$ 80 milhões imediatamente transferidos, além de outra infinidade de coisas. Então qual a diferença disso – do governo do presidente Bolsonaro – perante o que se pratica no PT? Aqui [na lista que ele mostra] tem PT, PCdoB, PSB, partidos de esquerda: todos receberam recursos e ninguém foi perguntado sobre qual era o partido político dele”, comparou o ex-ministro da Cidadania.
João Roma salientou que, “diferente do atual presidente Lula, que foi lá para o Rio Grande do Sul para fazer book de fotos, surfando em cima da desgraça dos outros, na época em que houve as chuvas na Bahia, estavam aqui todos os ministro de Bolsonaro; inclusive o próprio Bolsonaro que veio por três vezes aqui na Bahia: sobrevoamos as áreas e tomamos as providências”.
O dirigente partidário disse que a metodologia de governo do PT é esta, especialmente na Bahia: “para receber um palito do Governo do Estado, tem que chegar lá e fazer todas as vênias ao governo; foi isso o que eles fizeram inclusive na última eleição para governador. Matava o prefeito na unha e chegava lá perguntando: quer uma escola de R$ 30 milhões? Põe aqui fulano, fulano e beltrano. Esse tem sido o método do PT. Bolsonaro não fazia isso de forma nenhuma, inclusive Bolsonaro era criticado por seus próprios aliados porque não entrava nessa política do ‘toma lá, dá cá'”.
O ex-ministro da Cidadania disse que, enquanto ocupava a titularidade da pasta na Esplanada dos Ministérios, recebia políticos de todas as agremiações. “Hoje eu encontro com esses políticos, muito até de partidos de esquerda, e eles dizem ‘que saudade: antigamente o dinheiro chegava na prefeitura; hoje parece que o dinheiro sumiu’. No governo Lula, o prefeito encontra algum recurso vindo de uma emenda impositiva de um parlamentar ou ele está no sal porque eles mesmos começam a criar problemas entre si”, descreveu João Roma assim o cenário atual.
Ainda na resposta a Rui Costa, o líder do PL na Bahia questionou onde estão as obras do petismo na Bahia? “Cadê a duplicação da BR-101 na Bahia? O último trecho inaugurado foi por Bolsonaro. Parece que pararam. Rodoanel de Feira de Santana: vem Lula para inaugurar o quê? A obra que foi autorizada por Tarcísio de Freitas, que hoje é governador de São Paulo e que era ministro do presidente Bolsonaro? Cadê o restante da obra? Por que pararam? Cadê um investimentos para a Bahia? Você tem em Brasília o chefe de Casa Civil que foi governador dessa Bahia por oito anos”, lembrou Roma.
Ele apontou que o legado de Rui Costa na Bahia é o aumento de impostos, a exemplo do que vem sendo feito agora no governo Lula pelo ministro Fernando Haddad. “Depois de ser governador, deixou de brinde para nós baianos um aumento de 1% de ICMS, que já é um dos mais altos do Brasil. E chega lá em Brasília e não consegue transformar esse prestigio de estar na sala ao lado do presidente da República para trazer investimentos para a Bahia. E ainda tem a cara de pau de abrir a boca para mentir toda hora que Bolsonaro tratou a Bahia com pão e água”, rebateu o ex-ministro João Roma.