#2 Partidos Políticos no Brasil: quase 200 anos de história

Brasil Império – Período Regencial (1831-1840)

Após a declaração da Independência do Brasil, Dom Pedro I passou a ser o primeiro governante do país. Assim foi até 1831, quando foi forçado a deixar o cargo em favor do seu filho, Dom Pedro II, que tinha penas 5 anos. Até Dom Pedro II completar 15 anos, idade em que poderia começar a governar, o Brasil foi administrado por regentes, que eram representantes do Poder Executivo.

A partir daí, iniciou-se uma nova fase na história política do Brasil e, então, os grupos políticos de anteriormente se organizaram melhor e formaram três grandes partidos:

  • Restauradores ou Caramurus: desejavam o retorno de D. Pedro I ao Brasil, como forma de reforçar a autoridade do governo em meio à agitação social; eram liderados pelos irmãos Andradas e compostos pela nobreza burocrática remanescente da época joanina, pela alta burocracia de Estado e pelos comerciantes portugueses. Eram apoiados pelos jornais O Carijó, O Caramuru e O Sete de Abril. Com a morte de D. Pedro I em 1834, em Portugal, os restauradores perderam sua razão de existir e o partido desintegrou-se
  • Liberal Exaltados ou Jurujubas: exigiam uma certa democratização da estrutura socioeconômica e defendiam o federalismo – o que significava o poder das elites locais administrarem rendas, controlarem a força militar e exercerem o governo. Alguns membros eram republicanos e havia, também, uma parcela “revolucionária” defensora das massas populares. Divulgavam suas ideias nos jornais Tribuna do Povo, de Francisco das Chagas Oliveira França, Malagueta, de Luís Augusto May, Gazeta Paraibana e Abelha Pernambucana, dirigidos por Antônio Borges da Fonseca. Este último fundou, no Rio de Janeiro, o jornal O Repúblico.
  • Liberais moderados ou ximangos: eram monarquistas, defendiam o liberalismo pautado na defesa do Legislativo, da Constituição e do centralismo monárquico, embora entendessem que o Poder Legislativo deveria ter um peso maior da vida política do Império por representar a vontade da “maioria”. Eram favoráveis ao latifúndio e à escravidão. Entre seus representantes estavam os jornalistas Evaristo da Veiga, redator do jornal Aurora Fluminense, João Clemente Vieira Souto, redator de Astreia, e o deputado Bernardo Pereira de Vasconcelos.

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