O candidato a governador da Bahia, ex-ministro da Cidadania e deputado federal, João Roma (PL), respondeu às declarações do ex-prefeito ACM Neto (União Brasil) que, em entrevista à Tribuna da Bahia, disse que o candidato apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) teria somente votos de um nicho e que o pleito na Bahia seria plebiscitário.
“Que ele é rico todo mundo sabe, eu só não sabia que ele já tinha comprado a opinião do povo baiano. Essa é uma expressão de muita arrogância, de querer justamente determinar a vontade das pessoas aqui na Bahia”, disse Roma, em entrevista concedida na manhã desta segunda-feira (1º) à Rádio Salvador FM.
Roma disse que o propósito de sua caminhada é muito claro. “Nossa caminhada não é contra ninguém, nossa caminhada é, sim, para libertar a Bahia”, enfatizou. Ele disse que tanto ACM Neto, pré-candidato do União Brasil, quanto Jerônimo Rodrigues, candidato do PT, representam grupos que têm sufocado a Bahia com a elevação de impostos e práticas de troca de favores, empreguismo, ‘toma lá, dá cá’ e perseguição a adversários.
O ex-ministro da Cidadania afirmou que tanto o ex-prefeito quanto o candidato petista utilizam as estruturas da Prefeitura de Salvador e do Governo do Estado, respectivamente, para forçar apoios às suas candidaturas. O candidato do PL destacou ainda que ele é o único que faz oposição ao PT tanto na Bahia quanto nacionalmente.
“Eu tenho certeza que ninguém é dono nem da opinião, nem do voto do povo baiano e não vai ser nem conversa bonita, nem propaganda enganosa que vai levar o nosso povo na conversa”, respondeu Roma. Ainda na resposta a ACM Neto, Roma disse concordar que o pleito na Bahia será plebiscitário, mas não entre o ex-prefeito e o candidato petista ao governo, mas entre Lula, do PT, e Jair Bolsonaro, e os seus respectivos candidatos.
“Nunca foi tão fácil escolher se as pessoas querem realmente um Brasil em que nós tenhamos orgulho do nosso verde e amarelo ou voltar para um passado que envergonhou e decepcionou milhões de brasileiros”, disse Roma, na entrevista.
Roma disse ainda que trocar uma gestão do por outra de ACM Neto é trocar “seis por meia dúzia”. “Faço oposição ao PT na Bahia e no Brasil, diferente de ACM Neto que, por conveniência, busca tangenciar, dialogar e enganar o eleitor. Ele não consegue abrir a boca com medo de desagradar”, avaliou o ex-ministro da Cidadania, segundo quem ACM Neto é refém do discurso politicamente correto.
Ao ser questionado sobre a política para a segurança pública, Roma disse que dará respaldo para a atuação das forças policiais de maneira que o “bandido não se crie na Bahia e parta a mil do estado”. “A polícia tem que ser respeitada. Se o estado tem um monopólio é o monopólio da utilização da força. E só quem pode fazer isso são as forças policiais constituídas. A gente não pode falar do futuro das pessoas se a gente não tiver segurança pública garantida”, pontuou Roma.
O candidato a governador do PL ressaltou que fica muito claro para o eleitor como a Bahia pode caminhar diferente a partir de 2023 no quesito segurança. “Se com Jerônimo e ACM Neto, dois que representam governos que diminuíram o efetivo policial, ou se com a pessoa que, de fato, se dedica à questão e chama para si a responsabilidade. Todos sabem que comigo vai ter solução na área da segurança pública e a Bahia vai voltar a ter orgulho das nossas forças policiais”, garantiu Roma. Ele também reforçou, ao ser questionado durante a entrevista, que participará de todos os debates que forem propostos.