O ministro da Cidadania, João Roma, destacou nesta sexta-feira a reestruturação dos programas sociais do governo federal e afirmou que as mudanças para ampliar e fortalecer estas iniciativas de proteção às pessoas mais vulneráveis devem entrar em vigor já a partir de agosto deste ano, após a conclusão das quatro parcelas do Auxílio Emergencial. Em entrevista à CNN, Roma disse que a expectativa é apresentar nos próximos 15 dias como ficarão os programas após o Auxílio Emergencial.
“Nós estamos formulando e esperamos que nos próximos 15 dias possamos apresentar como será o desdobrar após pagamento de Auxílio Emergencial”, afirmou o ministro. “Nós estamos buscando reestruturar os programas sociais do governo para que a população encontre, a partir do mês de agosto, programas mais fortalecidos e mais amplos. Serão focados especialmente para as pessoas mais vulneráveis”, frisou.
Roma diz que tem conversado com o ministro da Economia, Paulo Guedes, e ressaltou que há diálogo também com outras pastas, a exemplo da Ciência e Tecnologia, Educação, Desenvolvimento Regional, Agricultura, Comunicações e Minas e Energia. Além disso, contou também que, dentro dessa reestruturação, estão sendo analisadas parcerias, como com o Sistema S, que tem sido parceiro na iniciativa Brasil Fraterno.
“Eles podem ser uma excelente ferramenta e um grande apoio a esses brasileiros através do foco das instituições com capacitação, treinamento, reinserção no mercado de trabalho, estímulo ao empreendedorismo, através das ferramentas que estamos disponibilizando como fortalecimento do microcrédito”, salientou.
Ele citou ainda a reestruturação do Programa de Aquisição de Alimentos. “Esse programa tem tudo a ver com a segurança alimentar e nutricional, um dilema crucial do nosso país que precisa ser superado. Atualmente vocês têm verificado a distribuição de cestas básicas. Cesta básica está para segurança alimentar assim como o carro pipa está para segurança hídrica”, salientou.
Roma frisou ainda que, no ano passado, o governo federal pagou R$ 294 bilhões de Auxílio Emergencial, equivalente a 10 anos de execução do Bolsa Família. Destacou ainda que o Bolsa Família atingiu recentemente a marca histórica de 14,6 milhões de beneficiários.
Ele pontuou, ainda, que não será permitida a utilização política ideológica ou partidária de programas sociais. “Em outros momentos, em outros governos, muito se foi noticiado sobre a utilização indevida de programas sociais, inclusive de assistência do governo, e essa preocupação é legítima. Claro que nós vamos atuar, assim como fizemos no pagamento do Auxílio Emergencial, com a parceria com os órgãos de controle, como Controladoria Geral da União, Tribunal de Contas, e até mesmo para Polícia Federal”.