O candidato a governador da Bahia, ex-ministro da Cidadania e deputado federal, João Roma (PL), apontou a covardia do ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (UB), por fugir dos debates entre os candidatos ao governo. “É importante destacar que o debate nacional entre os candidatos a presidente teve um recado para o debate de governadores da Bahia, porque para presidente todo mundo foi, já aqui na Bahia teve um covarde que não foi porque não tem tratado a população com respeito, tem sido covarde na política”, disse João Roma, em entrevista à Rádio Andaiá FM, de Santo Antônio de Jesus, nesta quarta-feira (31).
Em entrevista ao programa “Fato & Opinião”, do BNEWS, também nesta quarta-feira, Roma salientou que “o mínimo que [um candidato] deve oferecer é verdade e transparência para a população. O que é que ele faz? Se omite dos debates, exerce total covardia não só na política, mas nas relações pessoais. Basta ver o que ele faz com os adversários e até com os aliados políticos: uma postura plenamente covarde. Não é isso que me motiva na vida pública”, declarou Roma.
Roma também rejeitou a hipótese levantada pelo prefeito de Salvador, Bruno Reis, que, no mesmo programa do BNEWS, disse que ele poderia ser o “vice natural” de ACM Neto (UB) na chapa ao governo estadual do ex-prefeito de Salvador se não tivessem rompido politicamente. “Bruno Reis não pode me medir pela régua dele. Por acaso, ele perguntou se eu teria interesse de ser vice?”, questionou Roma.
“Eu sempre tive muita vocação para a política e para a vida pública e eu acho que nós temos que ser movidos por desafios. A política não é profissão, política é vocação que vem do latim ‘vocare’ que significa chamado do Senhor. Então nós estamos nesse propósito para defender a população, nós temos que defender o que nós acreditamos”, pontuou Roma.
O ex-ministro da Cidadania deixou claro que qualquer escolha sua estaria vinculada ao apoio à reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL). “E ele [ACM] disse que não queria conta com Bolsonaro”, ressaltou o candidato apoiado pelo presidente da República. O candidato do PL salientou disse que é justamente neste ponto que ele se afasta completamente do ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (UB), que também “não sabe se é carne ou se é peixe” e dissimula suas opiniões, tentando atrair votos de bolsonaristas e petistas, o que, segundo o ex-ministro, é um desserviço à democracia.
Roma apontou que o ex-prefeito é “refém do politicamente correto” que sempre busca saber o que vão pensar antes de emitir uma opinião ou saber o que as pessoas querem ouvir isso. “É justamente a anti-liderança. Isso é a antítese do que o líder deve fazer. E isso não me aproxima. Eu já disse que quero distância e quero mesmo. Porque ele representa o que eu não acredito mais na política”, justificou João Roma.
O candidato a governador pelo PL disse que tanto ACM Neto quanto Jerônimo Rodrigues, candidato do PT ao governo, representam as duas faces da mesma moeda nas práticas de perseguição, empreguismo e ‘toma lá dá cá’. “Se a pessoa desse uma curtida em uma foto minha na internet, era punido na Prefeitura de Salvador. Então depois ele [ACM Neto] está reclamando que Rui Costa só libera convênio porque a pessoa grava vídeo com o Jerônimo?”, indagou.