Roma comenta indiciamento de Bolsonaro

Foto: Max Haack

O presidente do PL na Bahia e ex-ministro da Cidadania, João Roma, comentou nesta segunda-feira (25) o indiciamento feito pela Polícia Federal contra o presidente Jair Bolsonaro por alegada tentativa de golpe de Estado e apontou a existência de perseguição e orquestração contra o ex-mandatário.

“Causa revolta o grau de perseguição em cima do presidente Bolsonaro. Da maneira que o ministro Alexandre de Moraes faz, parece que ele é motivado por um passionalismo de querer punir Bolsonaro. Ele faz isso com tal sanha que começa a desmerecer todo o rito processual”, reclamou o ex-ministro da Cidadania, em entrevista à Rádio A Tarde FM.

João Roma comentou que o Supremo, encarnado pelo Alexandre de Moraes, busca adotar medidas medievais para justamente deixar mais frágil a execução da legislação no Brasil. “O que nós queremos é segurança jurídica e o que estamos vendo é justamente o contrário disso: dois pesos e duas medidas. Até um veículo como o Estadão diz hoje que o Alexandre de Moraes não pode ao mesmo tempo ser vítima e fazer todas as medidas de um processo”.

Sobre o suposto plano de “atentado” contra Lula, Roma comentou: “Diferente do atentado que realmente ocorreu com o presidente Bolsonaro e não teve a devida investigação, no caso do suposto plano, a Polícia Federal agora utiliza de todos os meios sem nenhuma transparência para desenvolver uma narrativa”.

Roma destacou o modo medieval como se dão as oitivas com Moraes: “Pega o tenente coronel Cid e coloca-o numa sala. Ele dá o depoimento dele e simplesmente o juiz que é para ouvir o seu depoimento diz: ‘não é isso, nós já sabemos como é’. Quer simplesmente que ele confirme uma narrativa estabelecida dentro da cabeça, já pré-julgando. Esse não é o papel de um magistrado”.

O dirigente do PL e ex-ministro da Cidadania aponta que os mesmos personagens que invalidam os atos da Operação Lava Jato são aqueles que cometem irregularidades no processo atual. “Se se questiona que no passado a Operação Lava Jato, que era desenvolvida pela Justiça Federal lá no Paraná, foi praticamente anulada em tudo, o que ocorre hoje é muito pior, pois está na instância máxima todos os pré-requisitos de nulidade processual”, comparou Roma.

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