No período do Segundo Reinado, dois partidos políticos se revezavam no poder, porém, defendendo os interesses de uma mesma classe: os grandes proprietários de terra e os donos de escravo. Faziam parte dos Liberais comerciantes, jornalistas e classe média urbana. Os dois partidos eram favoráveis à manutenção do regime escravista, embora os liberais aceitassem
que ocorresse uma abolição gradual. Essas semelhanças podem encontrar uma justificativa no voto censitário que permitia que apenas homens ricos votassem e a classe era basicamente constituída por proprietários de terras e donos de escravos. Inclusive, havia um ditado da época que dizia assim “nada é mais conservador que um liberal no poder”.
Os partidos Conservador e Liberal só se distinguiam quanto ao regime de governo. Enquanto o primeiro, apelidado de Saquarema, defendia um regime forte, concentrado no imperados e com pouca autonomia às províncias, o segundo, apelidado de Luzia, era favorável ao fortalecimento do parlamento e defendia maior autonomia às províncias.
No ano de 1862, formou-se o Partido Progressista composto por liberais dissidentes. Com a morte do seu principal líder, o partido é dissolvido e parte dos seus integrantes ingressaria no Partido Republicano Paulista (PRP), que seria o protagonista do novo movimento republicano. Esse foi o primeiro dos partidos provinciais da Primeira República (1889-1930). A proclamação da república, em 1889, traria fim aos dois principais partidos imperiais.