
O presidente do PL Bahia e ex-ministro da Cidadania, João Roma, avaliou como importante passo para a unidade da direita nas eleições de 2026 a presença de oito governadores, além de senadores, deputados federais e estaduais na manifestação convocada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro em defesa da “Anistia Já”. O ato em prol dos participantes do 8 de janeiro reuniu centenas de milhares de pessoas no último domingo (06) na Avenida Paulista, em São Paulo.
Em entrevista à rádio Mix FM, de Salvador, nesta segunda-feira (07), embora tenha ressaltado que Bolsonaro, mesmo inelegível, seja o nome prioritário do PL à disputa presidencial, Roma admitiu que há, no campo da direita, muitos nomes que podem disputar o pleito de 2026. O ex-ministro da Cidadania deu como um dos exemplos o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas. Observou, no entanto, que a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, mesmo pontuando bem nas pesquisas para a presidência, deve ser candidata ao Senado por Brasília.
Com relação à Anistia Já, João Roma considerou que o movimento liderado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro tem encontrado eco social. “A população brasileira está se indignando com as exageradas punições e a justiça seletiva, que condena a 14 anos de prisão uma mãe porque usou um batom para fazer uma pichação num monumento, enquanto criminosos perigosos estão soltos”.
O presidente do PL Bahia assinalou que a aplicação de “dois pesos e duas medidas” criam um ambiente no país de insegurança jurídica, que afeta a economia e a confiança dos investidores. “A justiça não pode ser um instrumento de vingança”.
Roma voltou a defender a necessidade da união das oposições na Bahia no ano que vem para enfrentar o PT, que há 20 anos enterra o estado no atraso. “Só fizeram elevar impostos, os indicadores sociais baianos estão entre os piores do país”. Ele criticou também o governo Lula, cuja queda de popularidade reflete a insatisfação com os rumos da economia e a falta de entrega das promessas de campanha.