O presidente do PL na Bahia, João Roma, recordou da experiência que teve ao lado do ex-vice-presidente da República Marco Maciel, para destacar a importância da vocação para a experiência política. “Marco Maciel comentava que política não era profissão. Profissão era ser médico, dentista, advogado. Política estava vinculada à vocação de cada um. E vocação, do latim, significa ‘chamado do Senhor'”, recordou o dirigente, em palestra sobre vocação na política em evento da Escola de Formação de Líderes Políticos, em Salvador, nesta quinta-feira (17). O evento foi coordenado pelo ex-deputado federal Gerson Gabrielli e coube a Roma falar sobre o tema “Política não é profissão, é vocação”.
Ele destacou ainda que o chamado para a atividade pública nasce de uma inquietação. “Você fica inquieto diante dos problemas da sociedade. É uma indignação natural que vai surgindo e é muito difícil apagá-la do coração da gente”, comentou, ao refletir sobre a própria trajetória política. Roma ainda destacou que não há fórmulas mágicas para a atuação política: “não há receita pronta. Tem artifícios, técnicas, mas nada substitui a vocação genuína, o que está no fundo do seu coração, o desejo de mudança e a vontade de contribuir para a sociedade. Esse aí é o segredo da política; e isso é o que deve nortear as ações de cada líder político”, pontuou.
O dirigente partidário salientou ainda que a atuação política não é restrita a ser eleito a algum cargo. “Às vezes desempenhamos esse papel como candidato, outras como apoiador, como pessoa que empresta uma opinião ou ativista, dentre outras possibilidades”, enumerou. João Roma também descreveu o papel de dirigente partidário como o de orientar vocações, aquelas que surgem de forma espontânea. “Não podemos cruzar os braços e diminuir o brilho que há em nós, em cada vocação”, disse.
Apesar de vivermos tempos de pujança de vocações políticas, Roma alerta para a existência de um movimento de tentativa de sufocar uma parcela de brasileiros. Ele cita a perseguição a quem, por exemplo, pede eleições com processos mais claros e seguros. “É preciso levar toda a transparência possível para que o cidadão tenha a garantia fidedigna de que o resultado corresponde ao que ele depositou na urna no processo eleitoral”, comentou ao apontar que as recentes eleições primárias na Argentina, por exemplo, ocorrem com voto eletrônico e com registro impresso.
Neste contexto atual de combate a quem pensa diferente do sistema, Roma disse ser “estranha a postura de um judiciário revanchista, persecutório e personalista. Isso não é saudável para a democracia, pois cria uma sociedade cada vez mais antagônica”. O presidente estadual do PL e ex-ministro da Cidadania disse que a vocação do político consiste em “buscar o fortalecimento não só da opinião como do protagonismo de cada um dos cidadãos”.
“Não podemos desistir do Brasil, não podemos negar também as nossas vocações. O presidente Bolsonaro simboliza justamente um cara que é cidadão e não representante do sistema”, reforçou Roma, ao dizer que o presidente encarnava, com a sua espontaneidade, os anseios do cidadão brasileiro. Roma também mencionou o ex-deputado federal Gérson Gabrielli como exemplo de quem deixou ser guiado pela vocação. “Foi graças à atuação dele que conseguimos avanços na legislação das micro e pequenas empresas, ao microempreendedor individual. Essa foi uma solução impulsionada por Gabrielli enquanto deputado federal”, rememorou Roma.
O ex-deputado federal e ex-ministro da Cidadania ainda pontuou: “estamos sendo convocados ou provocados diante de desafios que a nossa sociedade tem vivido”. João Roma enfatizou que, guiado pelo ideal de promover o bem-comum, é fundamental não se deixar guiar por vaidades ou interesses pessoais, o que ele tem adotado, por exemplo, na condução do PL em vistas das eleições municipais de 2024. “Precisamos fazer dessas eleições do ano que vem uma oportunidade para que o Brasil e a Bahia voltem a crescer”, declarou.