O deputado federal João Roma (Republicanos) voltou a defender, nesta segunda-feira (9), a aprovação da Reforma Tributária (PEC/45) e afirmou que o governo precisa ‘abraçar’ com mais assertividade a proposta, que tramita no Congresso Nacional. Relator da matéria na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania da Câmara dos Deputados, Roma integra o colegiado misto que vai analisar a reforma e ressalta que a PEC é fundamental para a economia do país.
“O governo precisa ainda abraçar com mais assertividade a reforma Tributária. Essa reforma é fundamental para que possamos avançar no Brasil. Todo o brasileiro sabe muito bem que não suportamos mais o peso do estado no pescoço do cidadão. Precisamos antes de tudo simplificar essa relação”, afirmou Roma, em entrevista à rádio Excelsior.
O deputado ainda defendeu a simplificação prevista na reforma. “A PEC 45 versa sobre o IBS (Imposto Sobre Bens e Serviços). Quer dizer que a pessoa paga o imposto na ponta do consumo. Com isso, vamos ter a chamada cidadania fiscal, pois o cidadão vai ver quanto está pagando de imposto para o estado brasileiro em cada item que adquirir. Vai aumentar a percepção do brasileiro sobre qual é o tamanho da garfada do governo no seu dia a dia”, complementou o parlamentar.
Além disso, continua Roma, a simplificação vai aumentar a eficácia da arrecadação. “Da forma como é, com tantas artimanhas, vírgulas e burocracias, se gasta mais de 2% do que se arrecada só com a estrutura para arrecadar. O final disso é que o Brasil é o quarto pior país do mundo na sua estrutura de arrecadação. Tem uma baita estrutura que não funciona na prática porque o sistema é muito complexo”, explicou.
João Roma também defendeu um debate mais profundo e sereno em torno das propostas fundamentais para o país, especialmente aquelas relacionadas à área econômica. “As coisas não se resolvem no grito, mas com providências, trabalho aprofundado. Muitas vezes essa postura que algumas integrantes do governo utilizam não funciona. Os poderes são independentes, mas são harmônicos e interdependentes. O Brasil é um só. Esses temas da área econômica precisam ser tratados com muita seriedade e muita serenidade, e às vezes o que se vê é a informação sendo colocada de maneira superficial, e nem explicando direito à população qual é o impasse”, disse.